quinta-feira, 25 de agosto de 2011

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

ALERGIA NA INFÂNCIA - AT REVISTA 8 agosto 2010 pg. 20

M A I S S A U D E
POR ADRIANA MARTINS

B E M - E S T A R  E  Q U A L I D A D E  D E  V I D A

PLANTÃO MÉDICO



VEJA EM: http://200.210.166.155/reader/default.asp?ed=1869

ALERGIA INFANTIL
Professor da Faculdade de Medicina da Unimes e responsável pelo Setor de Alergia e Imunologia do Serviço de Pediatria da Santa Casa de Santos, o alergologista Fabrício Rubens Pires Afonso fala das alergias que acometem crianças e adolescentes.

Quais as alergias mais comuns? A rinite é a doença alérgica mais prevalente entre crianças e adolescentes, geralmente causada por alérgenos domésticos, como ácaros, fungos, baratas e contato com cães e gatos. Outra é a asma. Cerca de 30% dos pacientes com rinite alérgica têm asma e, entre os asmáticos, 70% têm rinite. A alergia alimentar (principalmente ao leite de vaca), dermatite atópica, urticária, dermatite de contato, reação adversa a drogas e a picadas de insetos são outros exemplos.
Quando costumam aparecer? Em qualquer época da vida. Para ser considerada alergia, o paciente deve ter entrado em contato com o alérgeno mais de uma vez. Estão envolvidos fatores genéticos, hereditariedade (filhos de pais com alergia têm maior chance) e exposição aos alérgenos. O desmame antes do 6o mês de vida pode induzir alergia alimentar pela introdução precoce de proteína do leite de vaca.
É possível falar em prevenção? Alguns fatores agem como protetores: parto normal e aleitamento materno exclusivo até o 6o mês, se possível continuado até 2 anos, que mantém uma flora intestinal saudável. É importante evitar exposição aos alérgenos alimentares precocemente (como frutos do mar) e aos domésticos e ambientais, como presença de animais, locais empoeirados e tabagismo materno.
Qual o tipo mais perigoso de alergia? Aquele que leva o paciente a um quadro conhecido por choque anafilático. Ocorre o edema de laringe com fechamento da glote,insuficiência respiratória, queda de pressão,pulso fino e parada cardíaca e respiratória. Isto pode ocorrer mais pela ingestãode um medicamento, alimentos e por inoculação de veneno de insetos.
Há muitas opções de tratamento? Primeiramente, se o agente causal for descoberto, a medida a ser tomada é afastá-lo. A conduta a seguir vai depender do tipo de alergia.

domingo, 21 de agosto de 2011

Placar da Alergia: Leite Materno 10 x 0 Leite de Vaca

Embora a indústria de fórmulas infantis a base de proteína do leite de vaca (o que conhecemos por leite de lata em pó) tenha se aprimorado no que se refere à composição de macro e micronutrientes em quantidades e proporções mais adequadas às necessidades biológicas do lactente e sua capacidade metabólica, o leite materno é sem sombra de dúvida a melhor opção para a alimentação do bebê. Além disso, contém proteínas e células de defesa que agem na prevenção de doenças infecciosas e alérgicas que são passadas da mãe para o bebe através do aleitamento.  
Lisozima, lactoferrina, lactobacilos, linfócitos, IgA secretora, entre outros, combatem a invasão de microorganismos patogênicos e previnem o surgimento de doenças alérgicas no intestino, pele e vias respiratórias. Durante a gestação e aleitamento, a mãe experimenta contatos com uma série de microorganismos pela via respiratória e intestinal e seu sistema imunológico competente faz com que sejam produzidos linfócitos e anticorpos contra esses agentes agressores, que serão oferecidos diretamente ao bebê (o que os médicos conhecem por ciclos broncomamário e enteromamário, respectivamente.

Tudo isso do produtor ao consumidor, e sem intermediários!!!

Saiba mais! Leia sobre Alergia Alimentar no Blog.

Dr. Fabrício Rubens Pires Afonso

Dúvidas sobre o BLOG da ALERGIA?

Em caso de dúvidas sobre os textos de Alergia e Imunologia, comente abaixo! Repasse se julgar interessante.
Um Abraço.
Dr. Fabrício Rubens Pires Afonso

sábado, 20 de agosto de 2011

AT REVISTA - A TRIBUNA SANTOS- 8 MAIO 2011 Página: 29

Veja em http://200.210.166.155/reader/default.asp?ed=2322


EXPULSE O MOFO


Saiba como se livrar do aparecimento de fungos em casacos e demais  roupas de frio e de cama. Veja também como prevenir o problema  o ano inteiro   


S U A C A S A ,  por  Mariela Goncalves


O tempo esfria e começamos a tirar as roupas mais pesadas dos armários. O problema é que os cobertores, edredons, casacos e agasalhos de lã, na maioria das vezes, acabam vindo acompanhados de algo bem desagradável e comum: o mofo. O médico Fabrício Rubens Pires Afonso, mestre em alergia e imunologia, explica: "No litoral, o clima quente e úmido favorece a proliferação de fungos durante o ano inteiro". Os alérgicos acabam sendo as maiores vítimas e ficam mais suscetíveis a crises quando expostos ao bolor que se forma não só nas roupas, como em ambientes que passam muito tempo fechados, sem iluminação e ventilação. Para resolver a situação antes que o frio chegue de vez, a consultora de organização pessoal Ana Maria Afonso, da Capital, ensina: Escove as roupas afetadas para retirar os resíduos e deixe de molho de 30 minutos a uma hora em uma solução com água e bicarbonato de sódio (uma colher de sobremesa para cada litro), vinagre branco ou álcool (1 xícara de café por litro de água). Enxágue e lave normalmente com o sabão de uso habitual. No caso de roupas brancas, utilize solução de água misturada a um destes produtos: bicarbonato, vinagre branco, álcool ou água sanitária (medida inferior à indicada na embalagem). Para as peças coloridas são as mesmas opções  menos a água sanitária, que pode ser substituída por um alvejante à base de oxigênio (uma medida por litro de água). No caso do couro, passe um pano seco para remover as manchas. Depois, limpe com outro umedecido em água e vinagre branco. Seque com um pano macio e deixe arejando longe da luz do sol. PREVENÇÃO SEMPRE E como o clima da região é desfavorável, o ideal é prevenir. Ana Maria destaca que as roupas de couro devem ser guardadas em cabides, sem capas ou sacos plásticos. Periodicamente, retire-as do armário e deixe ventilar em lugar seco e longe do sol. Após o uso, deixe tomar ar antes de guardá-las. Outras medidas são manter as portas dos armários abertas por um tempo, diariamente. "Faça a limpeza das partes internas com vinagre branco diluído em 
água. Deixe secar bem antes de repor as roupas e fechar as portas. Pedaços de giz escolar ou um potinho com bicarbonato de sódio são desumidificadores eficazes". Guilherme Amaral Cavalieri, proprietário da lavanderia Quality Cleaners, explica que não é aconselhável utilizar sacos plásticos para acondicionar roupas em geral. "O produto retém a umidade. Ele é bom apenas para proteger a roupa na hora de transportar". A exceção para o uso do material é guardar à vácuo, uma alternativa que, para Cavalieri, vale apenas para roupas de cama. "A peça de vestuário, se guardada assim, vai amassar". O empresário recomenda o uso de capas de pano, como o TNT, por exemplo, quando a intenção é proteger peças mais pesadas. O tipo de material de que é feito o armário é outro fator que deve ser observado. Quando é de madeira maciça, as chances de problemas com mofo diminuem bastante. "Se tratada da maneira correta antes da confecção da peça, a madeira se adapta às condições climáticas e tem uma durabilidade maior", esclarece Aldeci Batista do Nascimento, da Marcenaria Anauê. O compensado é uma alternativa mais barata, mais fácil de se encontrar no mercado e também é uma boa pedida se a ideia é prevenir o bolor. Já os mais acessíveis MDF e o MDP (antigo aglomerado) favorecem o surgimento de mofo, se não houver cuidado. 


sábado, 13 de agosto de 2011

Imunoterapia Alergeno Especifica





A Imunoterapia alergeno específica, popularmente conhecida como " vacinas  para alergia"  é recomendada por  alergologistas, sendo considerada a única medida capaz de modificar o curso natural das doenças alérgicas `as quais atualmente se aplica (asma e rinite, com comprovação de alergia através dos testes cutâneos e/ou exames de sangue). Portanto, há indicações precisas de Imunoterapia que devem ser seguidas, além disso o Conselho Federal de Medicina estabeleceu normas para a utilização dos extratos. Segue a publicação no Diário Oficial da Uniao, de 2006. 

 


RESOLUÇÃO CFM Nº 1.794/2006



O Conselho Federal de Medicina, no uso das atribuições que lhe confere a Lei n3.268, de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo Decreto no 44.045, de 19 de julho de 1958, e
CONSIDERANDO que os extratos alergênicos são utilizados na avaliação diagnóstica e no tratamento das doenças alérgicas mediadas por IgE, e que a terapêutica com vacinas de alérgenos (imunoterapia alérgeno-específica) deve ser personalizada e individualizada de acordo com o grau de reatividade e a relevância clínica da sensibilização alérgica apresentada pelo paciente;
CONSIDERANDO que as vacinas de alérgenos para imunoterapia de aplicação subcutânea ou sublingual diferem de vacinas antiinfecciosas; portanto, as normas que regulam o uso destas não se aplicam aos extratos alergênicos;
CONSIDERANDO que diluições de extratos alergênicos não caracterizam manipulação de produtos farmacêuticos ou alteração imunoquímica de produto farmacêutico e, portanto, não se enquadram nas normas da Resolução Anvisa/DC/MS no  33, de 19 de abril de 2000, e estão de acordo com o descrito no Capítulo II, art. 5o e 6o da Resolução Anvisa RDC nº 233, de 17 de agosto de 2005;
CONSIDERANDO que os testes alérgicos e a imunoterapia alérgeno-específica são procedimentos médicos reconhecidos pela Associação Médica Brasileira e pelo Conselho Federal de Medicina;
CONSIDERANDO que a aplicação e acompanhamento da imunoterapia específica com alérgenos é baseada no planejamento técnico elaborado pelo médico responsável;
CONSIDERANDO que é vedado ao médico comercializar medicamentos ou obter vantagem pela comercialização de medicamentos cuja compra decorra de influência direta em virtude de sua atividade profissional (Arts.9e 99 do Código de Ética Médica);
CONSIDERANDO, finalmente, o decidido na sessão plenária realizada em 12/7/2006,
RESOLVE:
Art. 1º A utilização de extratos alergênicos para fins diagnósticos e terapêuticos é procedimento integrante da prática médica, devendo o médico selecionar, fixar as concentrações dos alérgenos, prescrever e orientar as diluições adequadas a serem administradas aos pacientes para imunoterapia alérgeno-específica, baseado na intensidade e na importância clínica da sensibilização alérgica identificada, observados os padrões internacionalmente aceitos como de excelência técnica.
Art. 2º Os procedimentos e requisitos técnicos referentes à diluição e à conservação de extratos alergênicos não estão sujeitos às normas previstas para as vacinas antiinfecciosas, devendo a imunoterapia subcutânea ser aplicada em locais apropriados, conforme o Anexo;
Art. 3º A indicação, orientação, supervisão e interpretação de testes cutâneos com alérgenos, bem como a prescrição, o planejamento e a supervisão do esquema de aplicação da imunoterapia alérgeno-específica subcutânea ou sublingual, são atos privativos de médicos;
Art. 4º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Brasília, 12 de julho de 2006

EDSON DE OLIVEIRA ANDRADE                                     LÍVIA BARROS GARÇÃO
           Presidente                                                                               Secretária-Geral


 ANEXO DA RESOLUÇÃO CFM Nº 1.794/06

1. QUANTO AO LOCAL DE REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO
Condições básicas do local destinado à realização de testes alergológicos, diluição e aplicação de imunoterapia alérgeno-específica por via subcutânea:
a) área física com luminosidade e ventilação adequadas, com geladeira do tipo doméstico;
b) o mobiliário deve ser simples, com linhas retas para facilitar a limpeza e conservação;
c) o material deverá estar acondicionado em local de fácil acesso, próprio e limpo;
d) os extratos alergênicos são estabilizados e conservados no glicerol e devem ser estocados em geladeira – de uso doméstico – à temperatura de 4º a 17ºC.
2. MATERIAIS NECESSÁRIOS
Considera-se como materiais imprescindíveis para a realização de testes e preparo de imunoterapia específica:
a) seringas, agulhas, puntores descartáveis e material de antissepsia;
b) coletor descartável para material perfurocortante;
c) medicamentos de emergência: incluem adrenalina, anti-histamínico, corticosteróide e broncodilatador;
d) material para intubação endotraqueal e ventilação.
3. DA RESPONSABILIDADE
A imunoterapia específica com alérgenos deve ser baseada na identificação de sensibilização alérgica e na verificação da importância desta no quadro clínico do paciente. Para o planejamento técnico da imunoterapia alérgeno-específica, o médico responsável deve analisar os dados da história clínica, do exame físico e de exames complementares, bem como se certificar da existência de comprovação científica do possível benefício da imunoterapia para cada indicação clínica.


EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

A imunoterapia com alérgenos é realizada há mais de 50 anos. Nos últimos anos, houve considerável avanço na caracterização das moléculas determinantes da sensibilização alérgica. Isto se refletiu na qualidade dos extratos alergênicos disponíveis para os testes cutâneos e imunoterapia. É possível, caracterizando-se os determinantes antigênicos, preparar extratos de alérgenos purificados e padronizados em relação à sua atividade antigênica. Essa melhora determinou maior utilização das vacinas com alérgenos, haja vista que numerosos estudos confirmam a eficácia desta abordagem em várias condições clínicas. .
Em 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou documento analisando a utilização das vacinas com alérgenos. Segundo a OMS, a imunoterapia tem indicação quando se pode identificar a sensibilização alérgica e comprovar que a mesma participa da etiopatogenia da doença. Em pacientes com alergia respiratória, se for observada dificuldade na obtenção do controle com medicamentos; se o uso de fármacos provoca efeitos indesejáveis, ou mesmo, se o paciente não deseja permanecer somente com farmacoterapia, estaria indicada a imunoterapia específica com alérgenos.
Nos últimos anos, em alguns pontos do Brasil, autoridades de saúde municipais e estaduais fizeram interpretações equivocadas a respeito da indicação, preparo e utilização de vacinas com alérgenos. Em alguns casos, houve constrangimento de colegas com autuações descabidas, como conseqüência do fato de os fiscais de órgãos de saúde não conhecerem a diferença entre vacinas imunizantes antiinfecciosas (sarampo, caxumba, rubéola, difteria-tétano-coqueluche, etc.) e vacinas com alérgenos. Muitas vezes, por desconhecerem a matéria, estes fiscais julgavam que a utilização de vacinas com alérgenos deveria receber o mesmo procedimento determinado pela Anvisa para o manuseio, armazenamento e aplicação de vacinas imunizantes. A Anvisa abordou o assunto na Resolução no 33, de 19 de abril de 2000, e na RDC nº 233, de 17 de agosto de 2005, especificamente no Capítulo II, art. 5º e 6º, desta. Através destes documentos, se formalizou a diferença de cuidados no manuseio dessas preparações que apresentam finalidades distintas.
A criação, pelo Conselho Federal de Medicina, da Câmara Técnica sobre Prescrição de Vacinas e Imunoterápicos foi determinada pela necessidade de normatizar a questão da remuneração dos alergologistas ao orientarem a aplicação de imunoterapia específica com alérgenos.
É importante salientar que a prescrição da imunoterapia difere da prescrição dos medicamentos em geral. A posologia de medicamentos é baseada no peso e na idade do paciente. Isto não ocorre quando se prescreve e orienta imunoterapia alérgeno-específica. Ao indicar a imunoterapia com alérgenos, o médico deve ter confirmado que o paciente é sensível a determinado alérgeno com o qual tem contato e que este contato induz o agravamento dos sintomas. É preciso treinamento adequado para orientar com propriedade a introdução de alérgenos em pessoa reconhecidamente sensível ao mesmo.  A resposta à imunoterapia é individual, tanto em relação à eficácia do tratamento como quanto à incidência de efeitos adversos.
O médico deve planejar o esquema de aplicação na imunoterapia específica com base nos dados do paciente. A freqüência das aplicações e o incremento das doses são individualizados e devem ser constantemente monitorados. O acompanhamento do tratamento permite efetuar as modificações de dose e freqüência de aplicações para que se obtenha o melhor efeito, no menor período de tempo, respeitando as normas de segurança internacionalmente preconizadas.
É previsto no Código de Ética que o médico não pode fazer da Medicina um comércio, assim como não pode obter vantagem pela comercialização de medicamentos (Arts. 9o, 98 e 99). Portanto, deve ser esclarecido que os médicos não podem comercializar as vacinas de alérgenos. Isto, todavia, não impede que recebam honorários pelo planejamento e acompanhamento da aplicação da imunoterapia específica com alérgenos.





Estabelece as normas mínimas para a utilização de extratos alergênicos para fins diagnósticos e terapêuticos nas doenças alérgicas.



(Publicada no D.O.U. 11 de agosto de 2006, Seção I, pg.127) 

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS

REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS

As reações adversas a medicamentos (RAM) são eventos comuns, atingindo cerca de 7% da população. Há de fato, grande impacto na prática clínica pela morbidade e mortalidade. Este tema é bastante atual e importante pelo surgimento de novas drogas e potencial risco de novas reações. Os antibióticos β-lactâmicos e os antiinflamatórios não esteróides - AINES são o grupo de medicamentos mais comumente envolvidos em RAM. Vale ressaltar que um único fármaco pode dar origem a diversas manifestações clínicas. O órgão mais frequentemente acometido é a pele, e as erupções morbiliformes e as urticárias são as formas mais comuns de lesões desencadeadas por medicamentos. Ainda na pele outras mainfestações podem ocorrer como: dermatite de contato, fotodermatite, erupção fixa por drogas, vasculites, reações citotóxicas, doença do soro, dermatite esfoliativa e farmacodermias graves. A Necrólise Epidérmica tóxica, a síndrome de Stevens-Johnson e a DRESS são apresentações mais graves e tem menor incidência, mas as deixaremos para outra oportunidade.



ERUPÇÕES MÁCULO PAPULARES

Tipo mais comum de RAM são as erupções máculopapulares, que aparecem subitamente, uma ou duas semanas após o início do tratamento, como pequenas lesões avermelhadas e elevadas em tronco e membros, geralmente poupando a face. Às vezes, também após a interrupção do tratamento (reação tardia). Em outros casos, a erupção desaparece mesmo mantendo a exposição, dificultando o diagnóstico.
Podem surgir em 5-10% dos pacientes em uso de amoxacilina e ampicilina, e em muitos casos associadas a infecções virais (mononucleose). O diagnóstico diferencial é feito com exantema viral, por exemplo, em indivíduos com AIDS em uso de sulfas. Outro exemplo são as crianças em uso de antibióticos β-lactâmicos (amoxicilina e ampicilina) que podem evoluir com exantema em 90% dos casos.

URTICÁRIA E ANGIOEDEMA

Podem aparecer de forma isolada ou parte de reação generalizada e até mais grave. Os antibióticos β-lactâmicos (penicilinas) são mais uma vez os medicamentos mais envolvidos. Outro grupo muito comum são os antiinflamatórios não esteróides (AINEs). Nestes casos podemos observar dois tipos de reação: não imunomediadas, onde os pacientes podem apresentar reação a um número grande de medicamentos e as imunomediadas (reações a um medicamento específico, sem reatividade cruzada). A diferenciação do mecanismo de reação aos AINEs pode interferir na orientação ao paciente que pode reagir a apenas um único deles. Este paciente terá provavelmente um manejo mais simples.
Nos pacientes com urticária crônica idiopática (aquela sem causa definida, como é a grande maioria) há intolerância aos AINEs (exacerbações da urticária) em 20-40%.
No caso de angioedema (edema em pálpebras e lábios) isolado por anti-hipertensivos inibidores da ECA (enzima conversora da angiotensina)- exemplos: captopril, enalapril, etc.- a reação pode persistir por meses após suspensão da droga.


DIAGNÓSTICO

Primeiramente, devem-se reconhecer os sintomas como reações compatíveis ou não  com RAM. Os próximos passos são: identificar todos os medicamentos em uso; rever o histórico de administração da droga suspeita, início da administração e intervalo de reação; saber se houve exposição prévia ao suspeito e se o paciente já teve outras reações a medicamentos. O uso de medicamentos de forma intermitente (não continua) deve ser investigado pelas datas de administração e suspensão do medicamento e pela modificação de doses de todos os medicamentos em uso.
As RAM geralmente não ocorrem no primeiro contato, e quando ocorre são dependentes do mecanismo de ação próprio do fármaco. Drogas com estruturas similares podem ter reações cruzadas.
Pacientes idosos geralmente em uso de várias drogas devem ser avaliados com cuidados e escalonamento de todos os fármacos, tendo em vista aqueles que são envolvidos em RAM com maior freqüência.
Outros dados clínicos são muito importantes, como presença de doença hepática ou renal, histórico familiar de atopia e RAM, e o efeito da suspensão do medicamento.




EXAMES COMPLEMENTARES

Alguns exames podem auxiliar no diagnóstico das RAM, como: hemograma, VHS, proteina C reativa, FAN, complementos, pesquisa de auto-anticorpos, testes cutâneos de puntura e de contato, RAST para penicilinas e insulina, testes de provocação ou reintrodução: ex. anestésicos locais (em ambiente hospitalar). Entretanto, a história clínica e o exame físico além de imprescindíveis, podem identificar as reações adversas a medicamentos, e qual o suspeito. Alguns exames não estão disponíveis na prática diária, somente em alguns poucos centros de estudo no país; outros também não estão disponíveis no Brasil. Isto é importante salientar, pois muitos acreditam que dispomos de exames para quaisquer reações e medicamentos, mas cada caso deve ser analisado individualmente com o especialista, e de acordo com o mecanismo suspeito, podemos utilizar alguns deles.

TRATAMENTO

Inicialmente, e quando identificada, devemos proceder à retirada da droga suspeita. Quando o paciente utiliza vários medicamentos, geralmente são retirados os menos necessários e os causadores mais prováveis (risco-benefício).
Antihistaminicos, corticóides, imunossupressores, imunoglobulina, adrenalina IM, beta-adrenégicos, dessensibilização podem ser utilizados de acordo com cada caso.

PROFILAXIA

Questionar sobre a ocorrência de reação prévia a medicamentos e considerar possibilidade de reações cruzadas entre fármacos quimicamente relacionados são de extrema importância. Por outro lado um grande número de pacientes é rotulado como alérgico a determinado fármaco ou grupo farmacológico, dificultando o manejo e aceitação de orientações posteriores.
Devemos preferir medicação oral à tópica ou parenteral, apesar das reações ocorrerem por qualquer via de administração; e após uso de medicação parenteral, deve-se seguir a observação (reações geralmente mais graves ocorrem imediatamente, como o choque anafilático).
Em relação aos medicamentos “novos no mercado”, os pacientes devem comentar com o médico as reações adversas experimentadas.

Vale lembrar que podemos reduzir sobremaneira a incidência de reações adversas, através de algumas medidas muito simples:

  • Quando o paciente faz acompanhamento em mais de um profissional deve tomar nota dos medicamentos prescritos e comentar sempre com os demais;
  • Estar sempre alerta quando em uso de algum medicamento, para que seja brevemente identificado o suspeito;
  • Evitar a automedicação, pois os AINEs (diclofenaco, dipirona, nimesulida, paracetamol, ibuprofeno) além de principais causadores de reações adversas, são os medicamentos mais utilizados pela população em geral e comprados sem necessidade de receita médica.



CONTROLE AMBIENTAL NAS DOENÇAS ALÉRGICAS

CONTROLE AMBIENTAL NAS DOENÇAS ALÉRGICAS

Quando pensamos em doenças crônicas (aquelas de longa duração), devemos lembrar que muitos fatores ambientais como clima, alimentação e hábitos individuais podem interferir no curso dessas doenças, e grande parte das vezes, agravando - as. Costumo sempre comparar pacientes com problemas alérgicos, como asma e rinite, a portadores de uma doença muito conhecida, o diabetes.
Muitos pacientes sabem da importância do controle da dieta no tratamento do diabetes. Da mesma forma, as doenças alérgicas necessitam de um controle, não somente através de medicamentos, mas principalmente do ambiente ao qual o paciente se expõe. Antes de orientar como devemos “tratar o ambiente” do paciente alérgico, gostaria de salientar a diferença entre alérgenos e irritantes.
Alergenos são substâncias capazes de induzir resposta imunológica e memória, que são fundamentais para o reconhecimento em um próximo contato, com produção de IgE específica (anticorpos específicos para a determinada substância). São eles: os ácaros (habitantes da poeira domiciliar, dos colchões e travesseiros, dos bichos de pelúcia), os fungos (mofo, bolores, de regiões úmidas, litorâneas), os epitélios de cão e gato, a barata e os pólens (em países ou regiões com estações climáticas bem definidas, onde se identificam as estações polínicas - gramíneas, flores e frutos).
Podemos explicar de forma bem simples: usamos um cobertor empoeirado, então inalamos ácaros pelo nariz e boca. Conseqüentemente, o organismo produz uma IgE específica contra aquele tipo de ácaro. Em um próximo contato com o cobertor, a reação tende a ser imediata, mais rápida e possivelmente mais intensa que a inicial, devido a memória imunológica.
Os irritantes, apesar de desencadearem reações clinicamente semelhantes, não induzem a produção de anticorpos específicos. O ar frio, a fumaça de cigarro, os perfumes, produtos de limpeza, além de substâncias produzidas pelas indústrias, dióxido de enxofre, ozônio, nitratos e gás carbônico são os irritantes mais conhecidos. O motivo pelo qual os pacientes se queixam, neste caso, é devido a um processo chamado hiperresponsividade. Ou seja, estímulos ambientais que seriam bem tolerados numa população normal são capazes de manifestar sintomas nos pacientes portadores de asma e rinite. Assim, não se pode dizer que alguém é alérgico a cigarros, perfumes, ou outros odores irritantes.

ORIENTAÇÕES GERAIS PARA O CONTROLE AMBIENTAL

  • Remover tapetes, carpetes e cortinas.
  • Encapar colchões e travesseiros com capas anti-ácaros.
  • Não comer na cama ou no sofá.
  • Preferir sofás em couro, courino ou sintéticos impermeáveis no lugar de tecidos. Ou revestir o sofá com tecido impermeável.
  • Preferir edredom ao cobertor de pêlos. Lavar a cada 2 semanas.
  • Agasalhos guardados há muito tempo devem ser lavados antes do uso.
  • Evitar plantas e enfeites excessivos em casa: bibelôs, quadros, etc.
  • Evitar acúmulo de livros, jornais e revistas em prateleiras ou estantes.
  • Evitar caixas de papelão ou sacos plásticos.
  • Não armazenar sucata dentro de casa.
  • Não utilizar vassouras. Limpar a casa com produtos neutros e pano úmido. Evitar álcool perfumado.
  • Remover lixo e restos de comida, pois podem atrair baratas.
  • Limpeza do ar condicionado e ventiladores.
  • Limpeza dos móveis com pano úmido e produtos suaves. Lembrar da parte posterior.
  • Aspiradores com ultrafiltração- HEPA estão indicados em lugar dos convencionais.
  • Evitar paredes texturizadas.
  • Evitar umidade. Pendurar toalhas e roupas úmidas na área de serviço
  • Afastar animais de estimação e brinquedos de pelúcia.
  • Evitar fatores irritantes: fumaça de cigarro, perfumes, tintas, esmaltes, removedores, produtos de limpeza, inseticidas, cloro.

ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR NAS DOENÇAS ALÉRGICAS

ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR NAS DOENÇAS ALÉRGICAS


Toda doença crônica requer cuidados especiais no que se refere ao controle dos fatores desencadeantes, agravantes das crises de dor, elevação da pressão arterial, aumento da glicemia, crises de falta de ar, inflamação cutânea, entre outros, para o bem estar do paciente.
Muito importante nas doenças alérgicas é o acompanhamento por uma equipe multidisciplinar: além do alergologista, outros profissionais médicos (como o otorrinolaringologista) e profissionais da área da saúde (fonoaudiólogo, psicólogo, fisioterapeuta, dentista e nutricionista) tem o seu papel bem definido. Com o trabalho realizado em grupo, temos resultados brilhantes, trazemos confiança ao paciente, e melhora da adesão ao tratamento.
Podemos exemplificar, começando pela rinite alérgica, que não raramente está acompanhada de hipertrofia de adenóides (“carne esponjosa”), desvio de septo, ou menos freqüentemente, pólipos nasais (tumorações na cavidade nasal) e outras malformações. Muitos deles são denominados “respiradores orais”. Estes pacientes podem apresentar apnéia e roncos noturnos, crises de tosse, irritação ou dor de garganta, olheiras, falta de apetite, sonolência, déficit de concentração, irritabilidade, e no caso de crianças, baixo ganho de peso.
O alergologista deve investigar antecedentes familiares ou pessoais de alergias (asma, rinite alérgica, dermatite atópica), através de história clínica, exame físico e testes alérgicos (cutâneo ou RAST - no sangue). Cabe ao profissional a orientação sobre os cuidados com o ambiente, as medidas profiláticas das crises, e a consideração de vacinas para tratamento de alergias em alguns pacientes, especialmente quando o controle ambiental não é eficaz.
Ao otorrinolaringologista, além do tratamento medicamentoso, cabe a avaliação da necessidade cirúrgica nesses pacientes, pois muitos têm infecções de repetição como sinusites, otites, e amigdalites decorrentes de alterações anatômicas da cavidade nasal e seios paranasais. A perda auditiva é freqüente nos pacientes com rinite alérgica e otites de repetição, e deve ser pesquisada com o auxílio do fonoaudiólogo. Este mesmo profissional está capacitado para detecção destes distúrbios da fala e audição e pode iniciar terapia adjuvante em muitos casos. Existem exames que detectam as alterações auditivas.
Outro grande problema que o paciente respirador oral apresenta são as alterações de desenvolvimento da cavidade bucal. Uma vez que a boca do paciente está sempre entreaberta, impede que o desenvolvimento ocorra adequadamente, ocasionando problemas de mordida (fechamento inadequado da boca), apinhamento dentário (“encavalamento dos dentes”) com estreitamento da arcada dentária, palato ogival (céu da boca muito alto). Todos os pacientes necessitam de acompanhamento com o dentista, e muitos deles, devem utilizar aparelhos ortodônticos para correção dos desvios. Para um número menor, algumas cirurgias são indicadas, em caso de maiores transtornos, onde os aparelhos já não conseguem resolver, especialmente aqueles de maior idade, onde o desenvolvimento facial já se completou.
Ainda sobre o respirador oral, devido às alterações respiratórias e ao quadro de fadiga, apresentam problemas posturais, que devem ser encaminhados ao ortopedista para avaliação e realização de sessões com fisioterapeuta.
Outro exemplo de abordagem em conjunto é na dermatite atópica, uma doença crônica e recidivante, clinicamente caracterizada por lesão pruriginosa (coceira) e descamativa. Algumas formas graves da doença geram diversos problemas psicossociais. A pele inflamada, às vezes com vesículas e até odor característico, gera desconfiança na população sobre a possibilidade de uma doença infecto-contagiosa, isolando o paciente do meio social. O maior problema é que em 85% dos casos, a doença aparece antes dos 5 anos de idade, quando o indivíduo começa a formação da personalidade. Isto sem falar nos adolescentes em especial, as meninas que se preocupam mais com a aparência. Este caso requer apoio de psicólogos, tanto para as crianças e adolescentes, quanto para os pais ou cuidadores.
Pacientes portadores de dermatite atópica podem ter alergia alimentar: leite de vaca e ovo são os alimentos mais freqüentemente relacionados com a piora dos sintomas cutâneos nesta doença. Cerca de 90% dos testes cutâneos em pacientes com dermatite atópica são positivos para algum alimento. Assim, para orientação dos pacientes sobre restrições de dieta e alternativas alimentares é fundamental a ação conjunta com o nutricionista.
Uma equipe multidisciplinar bem organizada é, portanto, capaz de trazer melhores resultados para o bem estar dos pacientes alérgicos.

   

Dermatite Atópica

Dermatite Atópica



A Dermatite Atópica (DA) é uma doença de caráter crônico e recidivante, clinicamente caracterizada por lesão pruriginosa (coceira), descamativa, de distribuição clínica peculiar e variável de acordo com a idade do paciente, sendo considerada o componente cutâneo do Complexo Atópico ( asma, rinite alérgica, alergia alimentar e DA).
A incidência é crescente em todo o mundo e nos EUA corresponde a 10% da população pediátrica. É causadora de grande morbidade (em casos de maior gravidade faz-se necessária a internação hospitalar), e uma grande preocupação existe em relação aos aspectos emocionais dos pacientes, que muitas vezes sofrem discriminação em seu ambiente escolar ou de trabalho, além de baixa auto-estima, devido às características das lesões. A mortalidade somente ocorre pelas complicações da doença.
Em 85% dos casos a doença se inicia nos primeiros 5 anos de vida e apenas 2% dos novos casos ocorrem após os 45 anos. Pode ter evolução benigna com remissão espontânea se a dermatite for classificada como leve, entretanto, cerca de 90% das dermatites moderadas ou graves persistem por toda a vida.
De acordo com estudos bem controlados, pacientes com DA podem evoluir com asma alguns anos depois, em até 80% dos casos. Isso demonstra a relação estreita entre as doenças alérgicas.
A dermatite atópica, como as outras doenças alérgicas (asma e rinite), tem caráter hereditário, ou seja, alto índice de casos na mesma família com antecedentes de alergia. No caso da DA, se um dos pais tem atopia (asma, rinite ou DA) a chance de um filho ter a doença é 4 vezes maior do que no restante da população; e se ambos os pais tiverem atopia, o risco aumenta para 7 vezes.         
Mas, além dos fatores individuais e genéticos, o ambiente exerce forte influência sobre a sensibilização dos pacientes e o desencadeamento de sintomas.
A origem da doença está em alterações imunológicas, enzimáticas (proteínas) e também fatores como a deficiência de determinadas gorduras, que naturalmente mantém a integridade da pele.
Os principais desencadeantes das lesões são os alérgenos ambientais (ácaros), alérgenos alimentares como os ovos, o leite de vaca, o amendoim, a soja e o trigo, bactérias como o Estafilococos e suas toxinas, fungos como Ptyrosporum, vírus e os irritantes da pele. Estes últimos incluem sabonetes, detergentes, amaciantes, extremos de temperatura (frio ou calor intensos) e umidade (clima muito seco ou muito úmido), soluções alcoólicas e adstringentes.
O diagnóstico é baseado na história de prurido cutâneo, com forma e distribuição típica das lesões: envolvimento extensor (braços e pernas) e facial nas crianças e liquenificação (espessamento da pele) e linearidade flexural (acentuação das regiões de dobras dos braços e das pernas) nos adultos. Somado a isso, a cronicidade das lesões e as recidivas freqüentes. A história pessoal ou familiar de atopia tem fundamental importância para o diagnóstico.
Além da história e quadro clínico citados, algumas provas laboratoriais podem contribuir para o diagnóstico:
Um hemograma pode demonstrar elevada contagem de eosinófilos; A dosagem de IgE sérica total geralmente está muito elevada; a pesquisa de IgE específica (CAP-system / “prick- test”) para alérgenos ambientais ( p.ex.: ácaros) e para alimentos ( leite de vaca, ovo, soja, amendoim) podem indicar alérgenos relacionados ao desencadeamento das lesões.
Lesões características de dermatite atópica em adultos e crianças.
                                                                          O tratamento deve abordar:
ü  Orientações gerais sobre a doença, para que o paciente entenda a origem e as características das lesões.
ü  Apoio psicológico: como lidar com uma doença crônica, e assumi-la frente à sociedade?(aspectos emocionais).
ü  Medidas gerais: um banho rápido e de água mais fresca, utilizando sabonetes de pH neutro, preferencialmente líquidos e somente nos locais de maior necessidade, evitando o contato com as lesões ou áreas mais ressecadas. O vestuário deve ser composto por roupas leves, não utilizando materiais sintéticos ou lã.
ü  A hidratação da pele é fundamental, uma vez que o ressecamento acarreta maior prurido. O hidratante escolhido deve ser usado em todo o corpo, imediatamente após o banho, e várias vezes ao dia.
ü  O controle ambiental deve ser realizado, quando necessário, baseando-se na história e nos exames complementares.
ü  Dietas de exclusão são perigosas, principalmente para crianças, muitas vezes decorrentes de má interpretação dos exames laboratoriais. Nunca se deve suspender um alimento se não há forte evidência clínica (relação causa - efeito) associada com exames complementares.
ü  Tratamento de infecções: muitas vezes as lesões não regridem devido a infecções bacterianas ou fúngicas, que ocorrem por alteração dos fatores de proteção da pele, ou escarificação (coçadura), fazendo-se necessária a instituição de antimicrobianos tópicos ou sistêmicos.
ü  Como tratamento farmacológico, temos a disposição os anti-histamínicos, para alívio do prurido e que também são utilizados pela ação sedativa que exercem, possibilitando maior qualidade de sono.  Os corticóides tópicos podem ser utilizados de forma controlada, em cursos curtos de 4 a 5 dias ou ainda em dias alternados, evitando a aplicação em áreas sensíveis como rosto e pescoço, reduzindo a possibilidade de efeitos colaterais da droga. Há poucos anos, foram desenvolvidas duas drogas (pimecrolimo e tacrolimo), que vem sendo usadas com ótimos resultados, mas com indicação precisa em determinada fase da DA, podendo ser aplicadas em face e outras áreas sensíveis com muita segurança. Outras drogas são utilizadas como tratamento avançado da dermatite atópica: ciclosporina, inibidores da fosfodiesterase, gamaglobulina intravenosa, micofenolato mofetil, pró-bióticos, anti-IgE em menor número de casos, reservando algumas delas para os quadros mais graves.