quarta-feira, 3 de abril de 2013

terça-feira, 2 de abril de 2013

Semana Mundial da Alergia

O seguinte documento é de autoria da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia


São Paulo, 01 de abril de 2013 – A ASBAI (Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia) apoia a Semana Mundial da Alergia, idealizada pela Organização Mundial de Alergia (World Allergy Organization - WAO), entre os dias 8 e 14 de abril, com o tema “Alergia alimentar - um problema de saúde global crescente”, e desenvolverá ações de conscientização à população no Brasil. A iniciativa da associação em comemorar o evento no País é uma forma de corroborar a importância do movimento internacional e de dar enfoque aos reais problemas de alergias alimentares brasileiras.
A ASBAI irá alertar sobre o principal vilão da alergia alimentar no Brasil: o leite de vaca e seus derivados, além de destacar as alergias provindas da clara de ovo, dos frutos do mar e das sementes. A campanha também apresentará casos globais de alergia alimentar. “O apoio à Semana Mundial é decorrente do fato de a ASBAI fazer parte da WAO, uma aliança internacional de 89 sociedades regionais e nacionais de alergia, asma e imunologia, que promove atividades educacionais e programas de extensão a alergistas e imunologistas em todo o mundo”, explica o alergista Dr. Fabio Morato Castro, presidente da ASBAI.
Rotulagem de alimentos
Presente nos principais países desenvolvidos, a rotulagem de alimentos, que discrimina informações sobre os constituintes complementares de um produto industrializado, é uma das importantes pautas do evento. A ASBAI dá os seus primeiros passos para mobilizar o tema junto às agências regulatórias, para que a indústria passe a informar claramente todos os componentes em suas embalagens. O assunto será tema de discussão na campanha.
DiagnósticoA Semana Mundial da Alergia, no Brasil, também trará novidades sobre o diagnóstico de alergia em sua avaliação molecular. Ainda em fase experimental, alguns laboratórios já realizam testes com componentes de proteínas alergênicas para identificar se uma pessoa tem alergia ou intolerância, se é altamente alérgico ou não apresenta indícios de sensibilização.
TratamentosDuas inovações para tratar a doença estarão, ainda, na agenda do encontro: os autoinjetores de adrenalina e a imunoterapia oral, nova técnica alternativa de tratamento, que utiliza pequenas doses do alimento para o paciente, com aumento gradativo até que se torne tolerante. “Queremos fazer uma campanha para facilitar a importação de adrenalina autoinjetável para tratar adultos e crianças em situação de risco”, afirma o alergista Dr. Nelson Augusto Rosário Filho, Diretor de Assuntos Internacionais da ASBAI.
MobilizaçãoDesde o início de 2013, a diretoria da ASBAI incentiva as regionais de todo o país a desenvolverem diversas ações locais a fim de conscientizar a sociedade sobre os problemas das alergias alimentares, com destaque para o leite de vaca. Durante a semana do evento, cada presidente junto a sua equipe levará a informação para a população local. Ao todo, são 21 regionais participantes. “O objetivo da ASBAI é inserir a Campanha de Prevenção das Doenças Alérgicas, promovida, todos os anos, no dia 7 de maio, pelos especialistas da ASBAI, na Semana Mundial da Alergiarealizada entre os dias 8 e 14 de abril”, explica Dr. Fabio Morato Castro.
Índices alérgicos 
Dados da ASBAI apontam que cerca de 30% da população, em geral, sofrem algum tipo de alergia, sendo que 20% são crianças.

As alergias alimentares acometem 5%, afetando as crianças em sua maioria. “Vamos destacar nesta campanha a alta prevalência de alergia alimentar infantil e o seu crescimento alarmante. Vemos, no Brasil, crianças acima de cinco anos, idade limite em que o organismo geralmente pode reagir contra a alergia alimentar, continuarem com quadros alérgicos e reações graves”, informa Dr. Nelson Augusto Rosário Filho da ASBAI.
Agenda
Semana Mundial da Alergia
Data: de 8 a 14 de abril
Local: nos 21 estados em que a ASBAI está presente
Informações: www.asbai.org.br
Sobre a ASBAI        
A Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia existe desde 1946. É uma entidade sem finalidade lucrativa, de caráter científico, cujo objetivo é promover o estudo, a discussão e a divulgação de questões relacionadas à Alergologia e à Imunologia Clínica, além da concessão de Título de Especialista em Alergia Clínica e Imunologia a seus sócios, de acordo com convênio celebrado com a Associação Médica Brasileira. Atualmente, a ASBAI tem representações regionais em 21 estados brasileiros.
Site: www.asbai.org.br
twitter: @asbai_alergia
facebook: Asbai alergia
 

sexta-feira, 22 de março de 2013

Carta da Sociedade Brasileira de Alergia e Imunolopatologia


Carta enviada à ANVISA

13/3/2013
São Paulo, 24 de janeiro de 2013.

EXMO. SR. DR.
DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO
Diretor Presidente da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)
Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) - Trecho 5, área especial 57
Brasília - DF - Cep.71205-050

Digníssimo senhor
A Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia - ASBAI - vem, por meio desta, solicitar a viabilização no Brasil da medicação epinefrina em sua forma autoinjetável, para que este medicamento possa ser utilizado pelos indivíduos, adultos e crianças, que apresentem anafilaxia, situação de alto risco de morte.
A epinefrina (adrenalina) é, atualmente, medicação essencial no controle da anafilaxia, grave problema de saúde que acomete parcela significativa da população brasileira. A adequada utilização da epinefrina sob forma autoaplicável é, de maneira bastante comprovada na literatura médica, um dos divisores entre sobreviver ou não a uma crise de anafilaxia. É importante ressaltar que se trata de uma doença grave, aguda e potencialmente fatal, desencadeada por mecanismos de hipersensibilidade, como ferroadas de inseto, alimentos, medicamentos, exposição a látex, etc,, que atinge pessoas de todas as faixas etárias, de ambos os sexos. O quadro clínico pode ser dramático, com "urticária gigante" geralmente acompanhada de angioedema, comprometimento respiratório (como dispnéia, broncoespasmo, estridor, hipóxia), sintomas gastrointestinais (cólicas, vômitos e diarréia agudos) e comprometimento cardiocirculatório, com hipotensão e colapso, sendo que em questão de minutos o paciente pode evoluir para insuficiência respiratória, choque e morte.
O tratamento da crise anafilática deve ser imediato. Como citado acima, a adrenalina (epinefrina) é essencial para reverter o quadro clínico e deve ser aplicada pelo próprio paciente, um familiar ou por alguém disponível no local, já aos primeiros sinais da reação anafilática. A demora em sua aplicação pode significar um prognóstico mais sombrio, com maior chance de não reversão dos sintomas. Corticóides e anti-histamínicos são medicações de segunda linha, devido ao maior tempo para o início de ação.
A adrenalina autoinjetável é disponibilizada na maioria dos países nesta apresentação. Sua aplicação é bastante simples e mesmo pessoas não habilitadas conseguem utilizar a medicação de forma segura.
Todo paciente, seja criança ou adulto, após seu primeiro quadro de anafilaxia, deve ser avaliado por um especialista em Alergia e Imunologia clínica. As causas devem ser identificadas e afastadas e a prescrição de adrenalina autoinjetável se impõe devido à impossibilidade de se garantir que a pessoa não seja mais exposta ao desencadeante, o que pode ocorrer acidentalmente como no caso de insetos ou alimentos.
Daí a grande importância da epinefrina (adrenalina) autoinjetável que apesar de extremamente importante, ainda não é autorizada para comercialização ou importação no Brasil.
Por tudo isto, nossa associação (ASBAI) considera urgente as medidas específicas para esse fim.
Na certeza da atenção e consideração de Vossa Excelência para a resolução desse grave problema que aflige milhares de brasileiros, colocamo-nos à disposição para informações adicionais e/ou para o agendamento de uma reunião para tratarmos pessoalmente do assunto e encontrarmos juntos meios de obtermos uma solução ao problema.
Atenciosamente,

Dra. Elaine Gagete                                                            Prof. Dr. Fábio Morato Castro
Coordenadora do Grupo de                                 Presidente da Assoc. Brasileira
Assessoria em Anafilaxia da ASBAI                   de Alergia e Imunopatologia (ASBAI)

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Picadas de Inseto- Sociedade Brasileira de Pediatria

Esta publicaçao é de autoria da Sociedade Brasileira de Pediatria, recebi e achei interessante divulgar um pouco mais

Abraço a todos

Dr. Fabricio Afonso



23 de janeiro de 2013- n° 725

Livre-se dos mosquitos

Saiba como proteger a criança das picadas, como tratá-las e conheça os tipos de mosquitos que podem transmitir doenças
Cida Oliveira Atualizado em 14.01.2013
Think Stock
Segundo especialistas, seja qual for o mosquito, e independente de estarem contaminados por vírus, protozoários e outros parasitas, em geral as picadas têm efeitos nocivos na pele das crianças, em especial as menores, que ainda não têm o sistema imunológico desenvolvido. A pediatra Kerstin Taniguchi Abagge, presidente do Departamento Científico de Dermatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), explica que uma picada pode desencadear reações agudas que vão desde um inchaço local, avermelhado, até fileiras de bolhas, seguida de inflamação, claro que sempre conforme o tipo do inseto e da sensibilidade da criança.
Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria, a pediatra Adriana Tonelli, de São Paulo, lembra que, em geral, fazer compressas e lavar o local com água e sabão trazem alívio para a maioria das lesões. “Alguns casos, porém, requerem algum tipo de pomada ou antialérgicos orais que só o médico pode prescrever”, diz.
No entanto, é preciso estar sempre atento. Flavia Amendola Anisio de Carvalho, alergista e imunologista do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF), do Rio de Janeiro, destaca que uma picada torna-se motivo de preocupação quando a criança coçar o local e ali surgirem microbolhas que evoluem posteriormente para crostas, pus, vermelhidão, inchaço, calor local e muita dor. “Em casos assim o médico deve ser logo procurado para um tratamento adequado, geralmente à base de antibiótico local ou sistêmico”, explica. Em alguns casos mais graves, segundo ela, pode haver uma reação sistêmica à picada – a chamada reação anafilática. “É quando a reação deixa de ser localizada na região da picada e se espalha por outras áreas do corpo, causando inchaço nos pés, nas mãos, na face e nos lábios, causando falta de ar, queda de pressão e dor abdominal. Se não for tratada imediatamente, pode levar à morte”, ressalta a alergista. Se isso acontecer, é o momento de procurar uma emergência imediatamente.
reação alérgica, em geral, ocorre assim que os mosquitos entram em contato com a pele. Antes de sugar, injetam a própria saliva na região. “É a essa saliva que o organismo reage”, explica Flavia. “Como as crianças menores não têm resistência à picada, são as mais suscetíveis a reações. Ao longo do tempo, a resistência aumenta e as reações tornam-se menos frequentes”. De todo modo, segundo ela, essas crianças devem ser acompanhadas por especialistas e sempre estarem protegidas da exposição aos mosquitos.
Como proteger as crianças dos mosquitos
- Os especialistas ouvidos pela reportagem são unânimes ao ressaltar que para prevenir todo esse incômodo – e muitas doenças – o mais importante é evitar a proliferação dos mosquitos.
- A principal medida é impedir o acúmulo de água parada – que constituiu grandes reservatórios de mosquitos.
- Barreiras à entrada dos mosquitos também ajudam, como telas nas janelas. Aliás, as janelas nunca devem estar abertas no início da manhã e no começo da tarde. Mosquiteiros também podem ser usados.
- Repelentes servem para diminuir a atração do mosquito pela pele. Podem ser aplicados na pele e roupas. A maioria desses produtos possuem na sua formulação DEET (designação genérica dada ao composto orgânico N,N-dietil-meta-toluamida e N,N-dietil-3-metilbenzamida). Concentrações superiores a 30% têm ação mais prolongada, porém, crianças menores de 2 anos devem utilizar repelentes com a concentração 10%, que conferem proteção por duas horas. Deve ser evitado o uso ao dormir. E, neste caso, o melhor é hidratar a pele com loção hidratante. Os repelentes devem ser aplicados pelo adulto, apenas nas áreas expostas, preferencialmente os liberados para uso em crianças e de apresentação em loção cremosa. Podem ser reaplicados a cada 4 a 6 horas, dependendo da necessidade e há a descrição de intoxicação pelo uso inapropriado ou ingestão acidental. Não é recomendado aplicar sobre ferimentos e se a criança tiver algum antecedente de reação alérgica ao próprio produto. Converse com seu pediatra para saber qual medicação ter à mão.
- Repelentes eletrônicos têm baixa eficácia e são contraindicados para crianças alérgicas a algum componente da fórmula. A permetrina é um inseticida que pode ser aplicado em telas, mosquiteiros, conferindo proteção maior que 90%, mas não pode ser aplicado diretamente na pele. É contraindicado para pacientes com alergia respiratória devido ao odor forte. E não deve ser colocado no quarto do bebê pelo risco de intoxicação.
- Roupas de manga comprida diminuem a área de exposição aos mosquitos, que são atraídos por odores, perfumes, suor, etc. Roupas de tecido mais grosso protegem mais. Existem em outros países, como nos Estados Unidos, roupas e mosquiteiros que já vêm tratados com substâncias repelentes.
- Também é importante o tratamento dos animais de estimação com produtos apropriados para que não transmitam pulgas ou carrapatos para os seres humanos.
- Os médicos recomendam o uso de roupas claras, já que cores vivas e brilhantes também atraem os insetos. Medidas simples como essas são importantes para que a estação mais alegre do ano sinônimo de aborrecimentos e complicações.
Os tipos de mosquitos
O tão esperado verão chega trazendo muito sol e calor. E como nem tudo é perfeito, há muita chuva e os indesejáveis mosquitos, que aproveitam as altas temperaturas e a água abundante para se proliferar. “O ciclo larval desses insetos ocorre em meio aquático, seja nos rios, no meio da vegetação ou em ambientes artificiais, como na água limpa parada em pratinhos de vasos ou acumuladas em pneus velhos”, explica o biólogo Ademir Martins, pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), vinculado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Rio de Janeiro.
Aedes aegypti, o transmissor da dengue
É atualmente a maior preocupação das autoridades sanitárias em todo o país, em especial nas capitais e em toda a região sudeste. O mosquito transmite o vírus causador da dengue, doença infecciosa que tem como sintomas iniciais a febre, o mal estar, dores de cabeça e muscular, cansaço, calafrios, muita dor no corpo e vômitos e, em alguns casos, pode diminuir acentuadamente a pressão sanguínea. É a chamada dengue hemorrágica, que de hemorrágica pouco tem. Essa denominação, aliás, dificulta a sua identificação até mesmo pela pessoa doente, que fica esperando por hemorragias para procurar ajuda médica. O problema deve ser tratado rapidamente porque pode matar.
Outro vírus transmitido pelo Aedes é o da chamada febre amarela urbana, para a qual felizmente existe vacina. Do mesmo modo que o tipo silvestre, a doença tem como sintomas a febre, que pode ser baixa ou moderada, dores de cabeça e muscular que, na maioria dos casos, desaparecem em poucos dias. Em outros casos, porém, a melhora é seguida por uma fase de intoxicação, com febre alta, náuseas, vômitos, prostração, desidratação, dor abdominal, sangramentos e icterícia – que deixa a pessoa amarela devido à insuficiência hepática –, complicações essas que podem levar à falência renal e circulatória, colocando em risco a vida do doente.
Escuro e com marcações brancas nas pernas e no corpo, o Aedes prefere se reproduzir em água limpa e parada. Ataca em plena luz do dia, em especial no início da manhã e no fim da tarde, alimentando-se de sangue, geralmente das partes mais baixas do corpo, como pés e canelas. Mas isso não significa que ele deixe de picar à noite. Pelo contrário. Se uma pessoa estiver ao seu alcance, o oportunista pica mesmo se estiver escuro. Discreto, raramente é notado quando suga o sangue e, muito arisco, foge a qualquer movimento mais brusco da sua vítima.
Culex quinquefaciatus, o pernilongo
Aquele chato pernilongo doméstico, marrom, que incomoda o sono de todos com o seu zunido. E tal como o Aedes, se alimenta de sangue, passando a noite picando quem estiver com as partes do corpo expostas. Esse problema é mais comum em áreas urbanas, onde o saneamento básico tem sérias deficiências. É em águas sujas, preferencialmente ricas em material orgânico, que suas fêmeas depositam seus ovos. A atividade desse mosquito começa no entardecer e avança pela noite e madrugada, com seu pico por volta da meia-noite. Quando muito expostos às picadas, crianças e idosos são mais suscetíveis a processos alérgicos que provocam feridas na pele ou dermatites. Além desses incômodos, em algumas regiões do país o Culex ainda transmite vermes que se alojam nos vasos linfáticos, causando a filariose, mais conhecida como elefantíase. Na fase crônica da doença há inchaço e aumento excessivo dos membros inferiores. O mosquito pode transmitir ainda arboviroses, doenças que circulam entre roedores e macacos e que podem contaminar os humanos. Essa transmissão está se tornando cada vez mais comum com o crescimento do turismo ecológico, em regiões de matas, e as pessoas contaminadas carregam a doença para os centros urbanos. O Culex e o Aedes convivem em perfeita harmonia dentro das casas e costumam compartilhar os mesmos abrigos, como debaixo das mesas, detrás de móveis, entre cortinas e em nichos de estantes, por exemplo.
Borrachudo
Segundo Ademir, outro mosquito que não pode ser esquecido é o borrachudo (Similium sp.). O inseto, que lembra uma mosca, mas em tamanho bem reduzido, vive nas regiões de mata, onde há córregos e rios de água limpa e transparente nos quais preferem se reproduzir. Como se alimentam de sangue, não perdem a chance de picar os humanos. Uma picada muito doída, por sinal.
Anopheles, o mosquito que transmite a malária
Por incrível que pareça, ainda é grande a incidência da malária em regiões de floresta. A doença geralmente febril, com evolução aguda, é causada por um protozoário do gênero Plasmodium, transmitido pela picada da fêmea do mosquitoAnopheles, que foi infectada ao picar uma pessoa contaminada. Mas como há circulação dos mosquitos transmissores nas regiões sul e sudeste, foram registrados casos em Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Os sintomas, que surgem geralmente entre 9 e 40 dias depois da picada, são febre, mal estar, dores de cabeça e muscular, cansaço e calafrios. Segundo o Centro de Informações em Saúde para Viajantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a infecção pelo Plasmodium pode prejudicar os rins, pulmões e o cérebro, podendo levar ao coma e morte. Grávidas e crianças têm maior risco de desenvolver formas graves da doença.
Barbeiro
Outro problema que parecia resolvido é a doença de Chagas, ainda comum em localidades do interior do país. É causada por um protozoário chamado Trypanosoma cruzi, transmitido pelas fezes de um percevejo conhecido como barbeiro. A transmissão ocorre quando, ao ser picada, a pessoa coça o local, abrindo caminho para a passagem das fezes contaminadas pelo protozoário para a corrente sanguínea. Mas pode também ocorrer por transfusão de sangue contaminado e durante a gravidez, da mãe para filho pela placenta. Quando cai na circulação sanguínea, oTrypanosoma cruzi afeta os gânglios, o fígado e o baço. Depois se aloja no coração, intestino e esôfago. Nas fases crônicas pode destruir a musculatura desses três órgãos, causando o aumento irreversível do seu tamanho e complicações permanentes.
Conforme lembra o biólogo Ademir Martins, do IOC/Fiocruz, recentemente foram registrados casos da infecção por Chagas em grandes cidades das regiões sul e sudeste, em pessoas que tomaram caldo-de-cana ou comeram açaí contaminados. “Muitos barbeiros vivem na palmeira do Açaí”, diz. Febre, mal-estar, inflamação e dor nos gânglios, vermelhidão e inchaço nos olhos são os principais sintomas. Em geral, a febre desaparece em alguns dias e a pessoa nem desconfia que o parasita possa estar alojado. Ao contrário do que se pensa, o inseto não vive apenas nas frestas das casas de pau-a-pique, mas também em ninhos de pássaros, tocas de animais, casca de troncos de árvores e embaixo de pedras.
Assessoria de Comunicação da SBP
Tel: 55 21 2256-6856
Contato geral da sede: 55 21 2548-1999 - r/ 33 e 48
Fax:55 21 2547-3567 
imprensa@sbp.com.br